quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Um dia assim.

Olho para a lua, e lá estás tu. Não precisamos de morrer para sermos estrelas; não precisas nem podes (eu proíbo-te de) morrer para seres a luz do meu luar. Então, olho para a lua, e lá estás tu. O teu olhar sereno a observar-me, a mim; o teu sorriso brilhante escondido entre as estrelas; o teu rosto macio, a desvanecer-se no céu escuro, mas cintilante. Parece que, por muito longe que estejamos, estamos sempre por perto; quando precisamos de ajuda, de apoio, de um ombro para chorar, de um abraço, tu estás lá, e eu estou lá também. Basta um "olhar com o coração" para a lua, e tudo fica melhor; mais claro. Mais fácil. Mas, claro, a lua só está lá à noite, e tu estás comigo todas as horas. Então e de dia ? De dia, eu olho pela janela, lá para fora. O sol, o calor do sol, és tu; és tu e o calor do teu corpo. A luz do sol, que me ilumina, e que faz com que eu siga o caminho certo, és tu, a pensar em mim, a desejar-me (o melhor do mundo), a amar-me e a respeitar-me. O vento é a tua força de viver, comigo. E a direcção dele, é a direcção para onde vou. As nuvens? Massas de ar misturadas com água que faz parte das nossas vidas. O ar és tu, és tu que me dás o ar que preciso para viver, para respirar bem e suavemente como tu bem sabes. A água, que me sacia quando mais preciso, são os teus carinhos, que também quando mais preciso, tu me dás. 
Basicamente, olho para o céu quando não estás comigo, ao meu lado. E assim, de repente, as estrelas transformam-se no teu rosto, as nuvens no teu corpo, o sol no teu cheiro e a lua na tua voz. E todas as preocupações se vão, todos os desejos voltam, todos os medos morrem, e todo o amor vem ao cimo da minha pele.
Obrigada por estares sempre aqui, por me amares mais do que nunca, e por nunca desistires de mim, por lutares sempre por mim, e por me tornares numa pessoa melhor. Obrigada por, sempre que estou sem cor, me dares tudo de ti para me tornar num autêntico arco-íris, para assim estar também no céu, contigo, e para nada nos separar. Amo-te mais do que tudo, meu rei, és-me tudo. Dá-me sempre todo o teu amor; se me deres isto, prometo, não te peço mais nada. Vamos ser as pessoas mais felizes, mais lindas, mais no céu e no paraíso do mundo. És a pessoa dos meus sonhos, sonhos esses que nunca acabam quando penso em ti. E sonhos esses que fazem sempre com que escreva, cada vez mais, para ti. Obrigada, por me dares este dom; por tudo. Amo-te para além do universo.

sábado, 27 de agosto de 2011

(a)normalidade.


Sei que não sou ninguém. Sei que não sou ninguém para julgar os outros, para fazer comentários sobre a vida dos outros. Sei que não sou perfeita, tal como toda a gente, cometo erros e isso muitas vezes me prejudica, tal como todos os erros de todas as pessoas. E por isso mesmo não julgo ninguém. E, acreditem, não é assim tão difícil viver sem falar da vida dos outros, e pensar só na nossa; até é bem melhor. Provavelmente neste momento estou a escrever palavras sem o mínimo sentido, e que provavelmente ninguém vai entender o que está aqui escrito. Mas o que é que importa o que os outros pensam, não é ? Nestas palavras, posso dizer que está toda a minha vida. 
Sei que não sou a pessoa mais forte do mundo. Nem a mais corajosa, nem a melhor, nem a pior. Também não me quero destacar por ser a mais (...) , não é esse o objectivo da minha vida. Posso dizer também que nem sempre passo os dias a sorrir; quem me conhece sabe bem do que estou a falar. É-me completamente impossível passar todos os dias da minha vida a sorrir. Sou uma pessoa alegre, sim. Mas tenho problemas; tristezas. E isso toda a gente as tem. E não precisamos de modo algum esconder isso, e dizer "eu estou bem , melhor do que nunca !" quando isso não é verdade, e toda as pessoas que nos rodeiam percebem isso, por muito que queiramos esconder. E ao escondermos, só nos vamos afastar; afastar de tudo o que, de alguma forma, nos faz sorrir apesar de tudo.
Continuo com a sensação que estou a escrever coisas que ninguém vai entender, e provavelmente vão achar que estou a enlouquecer. Mas, sinceramente? Não me importo. Desde que comecei a escrever este monte de palavras que me sinto melhor comigo mesma, e no fundo era isso que eu procurava neste momento. 
Sim, eu sei que muitas vezes não tenho a alegria de viver que tenho nos outros dias; que fico "descolorida". Não escondo isso. Não sou nenhuma comediante, e mesmo que fosse, ia haver dias menos bons, como há em todas as vidas neste planeta. E muito honestamente, admiro as pessoas que, mesmo passando por momentos difíceis, conseguem fazer os outros sorrir. E digo mais; espero do fundo do coração que um dia encontrem um planeta perfeito no meio desta galáxia perdida, onde não haja tristezas nem preocupações, e mesmo assim, os habitantes se sintam tão felizes como nós, que temos todas as emoções possíveis e imaginárias. Porque, acreditem, ninguém ia querer viver se fosse tudo muito perfeito. Qual iria ser a piada de ganharmos tudo de mão beijada sem termos de lutar por isso? Sem termos de sofrer? Pois é. Se assim fosse, preferia cometer o suicídio, porque tenho a certeza que este planeta iria estar bem pior do que neste momento, e eu, tal como todas, ou quase todas as pessoas, iríamos ser "objectos", sem sequer darmos conta.
E tudo isto para quê? Para pedir que olhem para tudo com outros olhos. Tudo acontece por alguma razão, e o que não nos mata torna-nos mais fortes. Por isso, porquê ter medo de enfrentar os problemas? Porquê ter medo do futuro? O que tem de ser, tem muita força, e o que tiver de acontecer, acontece, e se acontece, é por alguma razão. E se isso nos fechar alguma porta, com certeza nos irá abrir uma, ou até duas janelas. Por isso, viver o presente e o futuro próximo, é mesmo o melhor. 
Sim, estou a escrever isto e sou logo a primeira a fazer filmes e mais filmes sobre o meu futuro mais longínquo, mas o que é que eu posso fazer? Sou feliz assim, e no final de contas, é isso que todos ambicionamos ser. 

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

dream come true.

Lembro-me do nosso primeiro beijo, como se fosse hoje. Foi um momento daqueles com que sempre sonhei quando era criança. Confesso que às vezes até me desenhava à beira de um ponto de interrogação, por ter tanta curiosidade sobre quem iria ser a pessoa que me ia dar o momento com que sonhava. Esperei 13, quase 14 anos para realizar esse sonho. E para melhorar, esse momento foi com a tal pessoa, foi lindo, foi inexplicável. Tu já te tinhas apaixonado por mim naquela altura, e eu, feita parva, não conseguia ver nada. E tu, como das outras vezes, levaste-me a casa. Tinha um pressentimento que aquele dia ia ser diferente, só não sabia como e porquê. Não conseguia disfarçar o sorriso que tinha nos lábios. Ao descer aquela rua sem fim, a ansiedade apertava. Os meus olhos estavam fixos na minha mão, que estava em sintonia com a tua. Avançávamos sem medo, mas com algum aperto no peito, com alguma curiosidade sobre o que iria acontecer. O meu andar igual ao teu, ia-se transformando em passos lentos, como se estivéssemos simplesmente a passear, como um casal de namorados, à beira mar. E finalmente chegamos. A minha mão não acertava na fechadura, mas não me sentia a tremer. Meteste a tua mão sobre a minha, sorrimos, e entramos. Continuamos. Escolheste aquela sala como cenário do nosso momento. Sentaste-te comigo, e começamos a falar sobre tudo e sobre nada. Os nossos olhares não se largavam. A respiração começava a escapar. E do nada, disseste que adoravas o meu perfume, que o querias, que era muito bom. E de repente, foste-te aproximando de mim, devagar; sem pressas. E ias repetindo as mesmas palavras, ao mesmo tempo que as nossas bocas se iam aproximando também. Nesse momento, o nosso tempo parou. Os nossos olhos não se desviavam nem por um segundo das nossas bocas, a minha respiração ficou cortada, o meu coração batia forte, cada vez mais. As nossas mãos estavam dadas, cada vez com mais força, e ao mesmo tempo com mais carinho. A minha pele ficou toda arrepiada quando senti a tua respiração ali, tão perto. E tu seguraste-me, e a tua mão segurou a minha cara daquela forma carinhosa que tu bem conheces. Os nossos lábios tocaram-se, e eu nunca senti nada assim, nunca. O meu corpo caía aos teus braços à medida que os nossos lábios se envolviam, cada vez mais. Só ouvia o bater dos nossos corações, só sentia a minha boca envolvida na tua, e o meu corpo a mergulhar nos teus braços sem medo e sem arrependimentos. Os nossos lábios não se descolavam, não conseguia nem queria largar-te, queria que aquele momento durasse para sempre. Foram alguns momentos de puro amor, carinho, simplicidade e entrega. Foram alguns minutos inesquecíveis. Tal como no meu sonho de criança. Quando paramos, já o meu corpo estava todo arrepiado. Tu sorriste, e abraçaste-me. Senti amor; felicidade, carinho. Oh , senti tudo aquilo que tu também sentiste. Com apenas um beijo, transformámo-nos numa só pessoa. Depois foste-te embora, mas antes de ires disseste ainda "amo-te Andreia". Ainda hoje tenho a sensação que estás aqui comigo, a dar-me todo o carinho do mundo, e a fazer-me sorrir com tudo o que tenho. E ainda hoje sinto o saber dos teus lábios nos meus. Tenho sempre a sensação de que só comecei a viver a partir do momento em que nos conhecemos. Obrigada por teres realizado o meu sonho. Isto é um simples relato de um acontecimento verídico, que não precisa de nenhuma fotografia a acompanha-lo, e que ainda hoje me arrepia.

sábado, 20 de agosto de 2011

somos um eternamente.

Sempre quis conhecer
Uma pessoa como tu; perfeita.
Que me quisesse dizer
"tu és a eleita".

Os nossos olhares
Num momento único se cruzaram.
Os teus gestos entre milhares
Foram os que mais me marcaram.

Acho que está destinado,
As nossas almas têm de ficar juntas.
E o meu coração fica acelerado,
Enquanto por mim lutas.

Fico serena e com um sorriso
Enquanto a mim te entregas.
Não é preciso um compromisso,
Esquece as regras.

Agora somos só nós,
Somos um eternamente.
Dentro de nós há uma voz,
Que nos faz amar, para sempre.

Ama-me.
Leva-me.
Sente,
O meu corpo, quente.

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

love you.

Lindas palavras,
Gestos marcantes.
No meu coração te preparas
Para viver de forma vibrante.

O teu sorriso me conquistou,
O teu olhar me enfeitiça.
Apesar do que sou
A ti sou submissa.

Estar sem ti?
Total desespero.
A última vez que sorri
Foi com o teu aconchego.

E mais de um ano ficaste
Não vás embora.
A minha dor mataste,
E todo o meu ser te adora.

Aqui te sinto,
Aqui te espero.
Não te minto,
O amor é eterno.

terça-feira, 9 de agosto de 2011

morte lenta.

As lágrimas corriam pela minha cara. O meu lindo órgão do lado esquerdo do peito parou de cantar. Estava a morrer; mas sentia-me viva. Foi tudo nesta madrugada, que parecia igual a todas as outras; foi uma mistura de sentimentos e pensamentos confusos sobre o que pensar e o que fazer que lutaram contra mim durante uma hora. foi difícil. Foi duro. Não é preciso haver armas, e lutas físicas que conseguirmos ter feridas a sério, que doem a sério. Eu estou ferida, e a cada breve minuto que passa as feridas são mais fundas, mais complexas, mais dolorosas, mais insuportáveis! E essas mesmas feridas trazem com elas imagens e pensamentos. Armas mortíferas, na minha inocente opinião. Armas que fazem com que a dor se espalhe lenta e dolorosamente pelo meu corpo. Achei que tinhas parado que respirar; que tinha entrado num estado em que só o meu cérebro funcionava, pelos piores motivos; infelizmente. Porque de repente comecei a não sentir nada. Não sentia dor nenhuma. Não sentia, não ouvia, nem tinha noção que ainda restava sangue a correr-me nas veias. De repente, era de manhã. Acho que estive todas estas horas de olhos abertos, mas simplesmente não dava pelo tempo passar. Ou se calhar até dava; cada minuto morto-vivo que passava era um martírio para mim. Queria ir embora, fugir; fugir daquelas feridas horríveis que me matam. Mas não queria fugir da pessoa agressora. E ainda neste momento, não quero. Saber que a perdi ainda se torna mais difícil de acreditar. Saber que uma luta tão grande acabou de uma forma tão estúpida dói. "A culpa não foi tua." Não há como não me sentir culpada. Sofrer assim dói. Dói demais. Saber que todos os meus sonhos que demoraram horas, dias, meses até a serem construídos, desabaram em apenas uma hora. Cheguei a perguntar-me mesmo "Para quê nascer e ter uma vida com tanto sofrimento, se no fim o nosso prémio é morrer? Provavelmente infelizes e sozinhos? Quem é que nos garante que depois disto encontramos tudo o que sempre quisemos? Ninguém." Nem própria me reconheci ao pensar isto. Eu, que dou sempre força a todos para lutarem pelo que amam, estou assim. Amar dá felicidade; mas também dá muita dor. Que é pior do que a física. A vida é assim. Uns nascem para não lutar, outros nascem para lutar e serem vencedores, e outros nascem para lutar, e não conseguir nada. E eu neste momento faço parte do último grupo. Tenho esperança que um dia possa deixar de ser assim, e poder dizer que consegui ultrapassar a dor, que a antiga Andreia está de volta e que vai ser feliz. E a cima de tudo, espero voltar a acreditar em tudo o que acreditava há umas horas a trás.
Apesar de tudo isto, tu continuas a ser tudo o que eras. Tudo o que sempre foste. Não vou dizer que não quero que voltes, ia estar a mentir. Mas a cima de tudo quero a tua felicidade, e neste momento é isso que importa. Sê feliz, comigo ou com outra pessoa, não importa. Mas não te esqueças de todo este tempo. É tudo o que te peço, se leres isto.
I still loving you.