segunda-feira, 21 de novembro de 2011

tudo muda.

Talvez a minha vida tenha dado uma volta de 360 graus. Talvez isso me tenha afetado em tudo, inclusive a minha forma de escrever; que se calhar agora é pior do que antes. Mas a verdade é que não sinto que agora, neste momento, eu seja digna de escrever palavras bonitas, porque o meu espírito está devastado, e a minha alma despedaçada. E eu? Por fora, exteriormente, estou bem; por fora, interiormente, estou mal. Com a tristeza e o sofrimento no olhar. No meu interior? Estou vazia. Sem cor, sem nada. Apenas tenho amor para dar, amor esse que neste momento e nos próximos ninguém quer. Ninguém precisa. E se ninguém precisa, para quê tê-lo? Para nada. Mas também não consigo tirá-lo de cá de dentro, como também não consigo tirar todo este sofrimento. E então, é a isto que chamam vida? É a isto que chamam "melhor fase da vida"? Não entendo. Afinal, daqui por uns anos provavelmente irei estar a rir de toda esta fase, mas, e agora? E agora, que estou a sofrer como se me tivessem tirado a alma a sangue frio? Isto tem tudo menos piada ou motivos para risos. Não percebo como é que a idade, em vez de dar um pouco mais de maturidade, dá mais estupidez e hipocrisia às pessoas que dizem ser adultas só por terem um cartão que diz que já podem votar nas eleições portuguesas. Pois se é para isso, prefiro ficar para sempre uma "menina". Porque apesar de o ser, sinto que tenho melhor coração que os "adultos". Não julgo ninguém. Faço tudo pela pessoa que amo e vivo tudo muito intensamente. E talvez seja por isso que hoje estou neste vazio profundo e sem fim à vista. Mas não me arrependo. Fiz tudo por amor verdadeiro, amor que no fim se viu sozinho e abandonado, mas não importa. Fiz o que muitos não teriam coragem de fazer, ou simplesmente não se dariam a tanto trabalho. Entreguei-me, e voltava a fazê-lo as vezes que fossem precisas. E se fosse preciso eu esperar pela próxima reencarnação para ser feliz ao lado de quem amo, matava-me já, aqui e agora, sem pensar duas vezes. Mas quem é que pode saber disso? Ninguém. Infelizmente ou não, ninguém o sabe. E por isto e mais alguma coisa, temos de saber esperar, lutar, errar, aprender, amar, tudo muito intensamente. E isto não é uma conversa banal, mas sim a verdade. Só assim se cresce realmente; ainda que a idade, em alguns casos, ajude, em muita gente esse factor não significa mesmo nada. Gosto de uma pessoa que, além de ser mais velha, tem muita coisa na cabecinha. E eu tenho orgulho. Mesmo que os sentimentos não sejam mútuos. Obrigada por tudo.