sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

nada é perdido totalmente, porque tudo é memorável.

Não consigo, nem quero entender
O porquê de isto estar a acontecer.
Acho que é por eu merecer
Mas nunca fiz nada assim doer.

Aquilo que eu mais temia,
Que só de pensar já eu tremia,
Que se eu soubesse antes morria,
Aconteceu de forma cruel e fria.

Aquilo que julgava ser para sempre
Que julgava ser uma inquebrável corrente
Tornou-se num desespero indecente
Como uma sede que dura terrivelmente.

Naquele início tão perfeito,
Sentia que eu era aquele ser eleito.
Depois de tantos laços desfeitos,
Achei que este não teria defeitos.

E assim encontramos o amor;
Que demos sem medos nem pudor.
Como um viciante calor;
Como um viciante sabor.

Tudo entregue nos teus braços,
Como se fossem meros pedaços.
Pedaços de mim; da tua vida.
Da tua vida tão sentida.

Dava-te tudo, e ainda dou.
Porque para mim nada mudou.
O que senti não se apagou,
Porque no meu profundo intimo entrou.

Agora só te peço para não ires,
Para a tudo resistires.
Porque se não partires,
Faço tudo o que pedires.