segunda-feira, 1 de abril de 2013

testemunho de jovens (feito com a ajuda do Eduardo e outros elementos do grupo "Chave")


                Neste dia de grande festa estamos todos aqui reunidos, com consciência do grande compromisso que vamos fazer para o nosso futuro e com vontade de o cumprir. Hoje estamos felizes por seguir a vida cristã, e temos a força necessária para continuar.
                No entanto, não podemos fugir da realidade. O nosso grupo viveu momentos bastante difíceis, em todos os sentidos. Desde uma aparente simples escolha de nome, às pessoas que se foram afastando deste nosso modo de vida. Sim, porque para nós, a catequese é um modo de vida. Podemos dizer que no início tudo era novo, tudo era desconhecido, não sabíamos o significado de andar por aqui, nem o que esperar da nossa catequese, o que levou a momentos mais amargos dentro do grupo. Estes momentos ajudaram-nos a focalizar o essencial de ser catequisando e só depois disto pudemos avançar na nossa caminhada. E assim foi durante grande parte dos primeiros anos. Mas nós não desistimos, mesmo perante as dificuldades. E não têm sido poucas… Desde o momento da escolha do nome, sabíamos perfeitamente que não iríamos ter um futuro fácil. Seríamos exigentes ou apenas indecisos? Depois de o interiorizar juntos percebemos que teríamos de remar contra a corrente da sociedade e contra a comodidade para nos mantermos unidos.
                A própria sociedade é um obstáculo para um grupo de jovens cristãos e nós somos a prova disso mesmo. Tal acontece porque a sociedade tem valores incompreensíveis e nós, tomando como apoio a nossa catequese, conseguimo-nos libertar do que é secundário. Nós, hoje, sabemos o que é correto e tentamos ao máximo mantermo-nos fiéis ao que somos, quer seja na catequese, na escola, no café ou em casa. Porque somos cristãos seja onde for.
                Devemos tudo isto às nossas famílias, que nos educaram da melhor forma e que desempenham um papel importante na transmissão de valores. No entanto, não devemos o que somos simplesmente às famílias. Agradecemos também ao Padre Albino que sempre se mostrou disponível, nos apoiou e motivou ao longo de toda a caminhada catequética e a todos os catequistas, porque sem eles nenhum de nós seria o que é hoje. A verdade é que precisamos de alguém que esteja com uma constante lágrima no canto do olho, de quem nos encha o telemóvel de mensagens e não nos dê sermões, de quem nos ensine o significado do silêncio, de quem, assertivamente e com uma guitarra, saiba repor a ordem e também desfazê-la com uma piada, de quem nos transmita a sabedora dos livros e de quem nos oriente. Precisamos de pessoas que nos ajudem a contemplar o que está à nossa volta e que nos ajudem a usar melhor os sentidos para deixarmos de olhar só para nós. Os nossos catequistas fazem isso mesmo, mais do que formarem cristãos ativos formam-nos como pessoas… Pessoas com valores. Pessoas que são a diferença que querem ver no mundo.
                Porque foi graças a este grupo e aos momentos que vivemos, como o acampamento no 10º ano, que começámos a observar o que realmente importa. Foram os momentos de reflexão e de interiorização que nos fizeram assumir o que somos.
                A verdade é que se não fossem todos vocês e a amizade que fomos construindo juntos, nada teria o mesmo significado, não teríamos momentos para mais tarde recordar e contar, com orgulho, aos que não tiveram a sorte de encontrar um grupo como este.
               
Agora, juntos, vamos caminhar para um futuro melhor, para um mundo melhor. Nós fizemos e vamos continuar a fazer a diferença. Porque a vida é feita de escolhas e, nas nossas vidas, todas elas têm sido feitas com a ajuda d’A Chave que completa o nosso caminho, que orienta as nossas vidas.
                Todas estas palavras são as que moldam a nossa Chave, que nos permite abrir a porta certa, ao encontro de Jesus.
                Obrigado a todos vocês pelo que são e por moldarem a nossa chave.