quarta-feira, 20 de abril de 2011

sol; lua.

Um dia hei-de chamar pelo sol. Um dia ele há-de ouvir-me. Um dia vou poder dizer que a lua é minha. Um dia vamos ser uma da outra. Um dia; sem pressas. Porque vai acontecer, mais ou cedo ou mais tarde. E eu tenho a certeza disso, apesar de ser o futuro, e o futuro ser uma hipótese, e a hipótese não é nada em concreto, e nada em concreto é provável que aconteça ou não aconteça. E tudo isto para dizer que consigo adivinhar o futuro? Não. Simplesmente tenho a certeza de que vai acontecer porque o meu sol e a minha lua não são astros; mas sim coisas fascinantes que para mim são concretas; não consigo lembrar-me de uma palavrita melhor para simbolizar aquilo tudo.
O meu sol? Bem, o meu sol é o meu sonho. O sonho de um dia poder dizer que faço pensar muitas cabeças, por aí, com o que escrevo. O sonho de um dia poder encontrar alguém que anda, no presente, comigo na escola e poder dizer: “olha, consegui estudar música, eu consegui o que queria!”. Basicamente, tenho o sonho de deixar todas as pessoas que me rodeiam, cheias de orgulho de me terem conhecido; porque essas sim, são pessoas que sempre gostaram de mim, mesmo eu não fazendo nada; não tendo “vocação” para nada.
A minha lua? Bem, a minha lua é outra coisa que me fascina profundamente, que à noite me tira o sono, que me faz sonhar acordada, que me deixa a suspirar, e, por vezes, a chorar; é aquilo que desperta as minhas emoções, por muito apagadas que estejam. É o que me deixa a respirar muito rápida e bruscamente; é aquilo que vai enfraquecendo a minha pulsação. Ó, tanto que posso dizer sobre a minha lua. É uma pessoa, obviamente. Não sou daquelas pessoas que se apaixonam somente por, como vou eu dizer isto… futilidades. Não sou diferente dos outros, longe disso; porque quem me conhece sabe que tenho uma paixão incontrolável por sapatilhas e chocolate, e não escondo isso! Mas entre a minha lua e as minhas duas “paixões”, escolho sem pensar duas vezes a minha lua. E se calhar é isso que me torna diferente das outras pessoas, apesar de sermos todos iguais; há aqueles que se destacam pela fama; outros pelo trabalho; outros, mas poucos, pelos sentimentos. E eu destaco-me pelos sentimentos, porque não gosto de esconder nada do que sinto; digo tudo, mesmo tudo. Às vezes é complicado, sim. Mas vale sempre a pena ser assim; no meu ponto de vista, na minha maneira de ser. O que não quer dizer que sejamos todos assim; mau era! Mas, juro aqui: vou mudar a forma de pensar de alguém; por muito poucas pessoas que sejam, eu sei que vou conseguir

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